SEGUE-ME?

16 de outubro de 2010

"Transcender a Insanidade?"


Apesar do tempo que se esvaiu, e das dores que se passaram, algo sempre me acompanha. Maldita insegurança!
Julguei muitas vezes ser forte o suficiente para combatê-la. Mas o impasse é eterno.
Dentre fases de contentamento, ela é ainda mais explícita. Não costumo ser tão confiante nos fatos, sempre um resquício de dúvida paira pelos ares.
Creio que essa insegurança leva-me à inquirir sobre as coisas, pessoas, sobre mim mesma. Se a segurança fosse plena, não haveria interrogações, mas também não haveria tantas descobertas, como se bastasse a própria convicção.
Acredito que tudo em demasia é nocivo.
Preciso aprender a controlar meus impulsos e desvencilhar-me de atrair os “por quês”.
Confesso que é uma missão hermética, quase inexeqüível. Arrancar o mal pela raiz. E quando se fala em “essência”... é necessário pré-disposição para transmutar a ordem da própria razão.
Às vezes penso que minha passagem não contém algo significativo, já que a vida é tão efêmera e o tempo tão inconstante.
Vivo eu, inconseqüente. Parafraseando meus discursos alheios.
Inconstante insanidade.
Não quero saber quem sou eu. Às vezes temo sabê-lo.
Para onde vou? Não sei. Mas estou caminhando.
Só preciso de ar para respirar longe dessa sociedade da qual odeio ser integrante, nas entrelinhas.
Tudo me sufoca. Consome-me.
Inevitável a repressão quando se pensa demais.
Eu sou insegura do mundo que vivo, insegura do que sinto.
Creio que por outro lado, se eu perder essa insegurança, perco um pouco de mim. E se eu me perder mais pelo caminho, pode ser que eu não mais regresse.

Não entenda o que escrevo. Nada te servirá. Isso é apenas um desabafo.
Linhas frívolas transcritas no meu diário dispensável.


(Naná)


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