SEGUE-ME?

16 de novembro de 2010

Asas


Não sei o sentido de às vezes estar sem sentido.
Tampouco descobri o quão confuso é não saber o que sentir.
Penso tanto que por vezes cego-me, ensurdeço-me... Perco-me no pensar.
Tais pensamentos me pesam, tantas reflexões e introspecções aturdem-me.
Refugio-me na evasão. Menosprezo os clichês, os modismos.
Repugno contra as desordens ao meu entorno, mas envolvo-me em demasia em causas.
Minha cura é improvável.
Sou inconstante, imprevisível... Alguns me chamam de insana.
Não consigo ser outra.
Sou eu mesma, sem máscaras. Impudica, intempestiva ou introspectiva.
Perca de tempo julgar-me, ou decifrar-me.
Eu sou eu.
Vôo com o vento que emana em meu “eu”.
Não tenho medo do escuro. Geralmente levo meus anseios a passearem à noite.
Talvez tenha receios da clareza do dia. Não sei por quê...
Aliás, eu não sei nada.
Sou um verso sem rima,
Com sentimentos disformes,
Ou conceitos malucos.
Não gosto de promessas ou juras.
Acho que nasci pra ser livre.
Não gosto de regras, tantas, e muitas dispensáveis.
Quero ser livre e estar livre dentro de mim.
Se me censurarem eu finjo que não ouvi,
Se me atingirem eu continuo olhando,
Se me entristecerem pode ser que eu abrace a tristeza ou saia caminhando sem dar atenção.
Se eu me alegrar, não me importo se me fizerem cessar.
O mundo é muito tolo. Para mim.
Cultivo o que penso, o que sinto, não o que dizem.
Minhas asas me regem.
Sigo os ventos da minha intuição...




(Naná)

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