SEGUE-ME?

12 de novembro de 2010

Meu Hermetismo


Hoje estou indiferente a mim mesma. A falta de sentido ecoou em meus ouvidos. Um silêncio envolveu-me, e estou perdida, sem saber sequer onde estou, ou para onde devo prosseguir.
Incógnitas, inúmeras inquirições aturdem-me.
Grito calada.
Ouço meus sentimentos, herméticos. Poço fundo e estreito esse meu sentir...
Arriscado tentar compreender... Pode-se voltar mais confuso de que quando se entrou.
Nunca descubro nada, vivo em meio às perguntas, e assim desvelo-me a cada dia com mais uma inquirição... Ser feliz é contraditório.
Amar de verdade torna-nos insanos... Pois o amor verdadeiro não pertence ao Senso Comum... O comum é ser superficial...
Transmutei-me em uma insana, em busca do concreto, mas improvável... Contraditório, não é mesmo???
Tudo bem se todos ao meu redor deixarem-me pelo caminho. Vivo abraçada à ausência, de mãos dadas à evasão.
Minhas asas estão longínquas do sensato. Vivo em um mundo de pensamentos contumazes e sentimentos fugidios, certezas desvanecidas...
Não nasci para concordar com princípios equivalentes. Eu escrevo o que sinto, o que penso, o que reflito, em minha incessante introspecção.
Incomodo. Sim, eu bem sei.
Afasto quem eu gosto.
Almejo o que não devo alcançar, o que é improvável.
Fujo das regras.
Quebro sempre a Lógica.
Transpasso a coerência.
Oculto-me da Razão.
Sou às avessas.
Sinto o indizível.
Não sintetizo o que expresso.
Missão inexeqüível compreender-me.
Não sou “eu” se for concisa.
Dispo-me de mim, ao tentar ser circunspecta, prudente ou com uma visão delegada ao tangível.
Sou assim sem ser.
Vivo assim sem saber sentidos.
Sou apenas uma portadora de um ego desconexo. Adepta à um certo ceticismo.
Intrínsecamente enleada à discrepâncias.
Disparidade entre meus próprios interlocutores.
Um eterno Solilóquio.


Não faz sentido o que escrevo, mas o sinto.


(By Naná) ... Hoje a lugubridade visitou-me...
Mais uma vez!

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