SEGUE-ME?

20 de novembro de 2010

Equação falível


Refleti por muito tempo, se não por todo o tempo.
Tive certa dificuldade em assimilar certos sentidos, propósitos ou caminhos a prosseguir. Tantos e confusos, e descaminhos.
Por vezes sinto-me estranha a mim mesma, evadida por quem eu realmente deva ser. Mas devo ser esse misto de dúvida, eternamente tentada á inquirições.
Dispensada de uma vida desprovida de sossego, os pensamentos coagem-me em quaisquer circunstâncias, mesmo que estas sejam notavelmente dispensáveis.
Esse frisson intangível e incessante me sucumbe e põe-me à prova.
Transmutar caminhos não é a raiz da causa. É algo intrínseco e bem mais profundo.
É um choque entre a consciência e a busca da razão dos atos.
Não há ausência de sentidos como ás vezes cheguei a postar uma pré-conclusão. Na verdade é a carência de algo por qual eu caminho e sempre caminhei.
É como se “ser completa” seja um fim.
O inumano perpetuado na essência faz-me retroceder os pensamentos, aliando as experiências de outrora às improváveis e errôneas páginas do presente.
À despeito de meu lenitivo provir do que, tão impudicamente deponho sobre o papel, os meus “porquês” são indômitos. Destarte, eles são insolúveis enquanto houver o eterno pensar.
A penumbra atinge-me durante os trechos que escrevo, os quais nas entrelinhas, nem são tão eloqüentes e concisos, mas tenho consciência de minha ínfima existência comparado a tudo o que sinto.
É a falibilidade que torna-nos ínfimos.
A imperfeição incita-nos à nos conhecermos e passearmos pelos labirintos do cerne, e nos vermos confusos diante do alheio.
Esse afã é perene.


[Minha inspiração de hoje....]


Naná

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