SEGUE-ME?

6 de novembro de 2010

Era uma vez um Monstro...



A mesma música, só que agora em ares diferentes, mas os mesmos sentidos. Contraditórios como sempre.
O monstro não escreve há tempos... 
Não dá sinal de vida...
Sempre fora uma incógnita que enlevou-me para dentro de mim mesma.
Hoje entendo o porquê do "monstro"... Porque é tudo um pesadelo.
Minha insanidade afigurava-se a cada vez mais. Fiquei cega. 
Ainda sou acometida por memórias indeléveis. Ainda bem que memórias são intangíveis.
Ainda bem que decidi fugir desse mundo. Senão estaria perdida, ou, jamais me encontraria. 
Não me perdi, nem me encontrei. Apenas sou a mesma. Um nada.
Com um semblante mais lívido, e um coração mais gélido. O tempo esfriou-me.
Esse mundo é muito grande e tão pequeno ao mesmo tempo.
Onde está o monstro, que habita no meu "eu" espectral?
Fugiu para as montanhas, ou singrou no mar bravio em busca de mais vítimas?
Predador invisível que coage-me e coloca-me diante de mim mesma no espelho e quer me fazer pensar.
Pensar? Não! Tornar-me mais insana.
O monstro foi-se!
Para um lugar longínquo.
Ele não está mais aqui.
Apenas há a música que expressa o que quero ouvir do meu ego.

Não há monstro oculto,
Nem foragido.
Apenas uma alusão do cerne. Já cansado de descrever contos ou decodificar entrelinhas.
Vou matando aos poucos os pensamentos sombrios que me evadem, dando espaço à mais inquirições.
Escusei-me de trespassar a razão, inexistente.
Sempre haverão resquícios, e passos, e erros...
E interlocutores de Insanidades.




(Naná)

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