Eu encaro os estereótipos como opositores da essência, e formadores manipulados de perfis. Isso pode ser visto, por exemplo, na moda: a moda deveria ser para incluir, mas exclui as pessoas, pois para "integrar-se nesse universo" é necessário seguir regras, possuir padrões. Isso acaba gerando um conflito de dualidades: "Ser ou não ser? Eis a questão!" (Shakespeare).
Eu sou totalmente contra ao que foge à essência. O mundo é (e sempre foi) movido por modismos, o que acaba por transgredir a liberdade de ser o que realmente se é, sem ser julgado por ser diferente.
No meu ponto de vista, os estereótipos são frivolidades. Mas pode ser que eu esteja equivocada.
Não costumo generalizar as coisas, pois estar convicto nos cega para outros horizontes (Já dizia Nietzsche: " As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras".), no entanto, creio que os pontos de vistas são sempre válidos para reformular, e refletir sobre conceitos.
Para você, qual a função dos estereótipos?
[Naná]
Esteriótipos são formas caricatas criadas por alheios para definir/indicar/reconhecer pessoas ou grupos de pessoas que partilham de várias características. Servem para facilitar nossa vida social, de maneira que podemos pela aparência física que nos é visível, determinar o que podemos esperar de tal pessoa ou grupo de pessoas no sentido comportamental...
ResponderExcluirEsteriótipos não são nada demais, e não há problemas em sua existência...
Por vezes nós mesmos buscamos em nós características que nos permitam nos encaixar em determinados grupos sociais, na busca por compreender nosso lugar nesse mundo...
E apesar de dessa maneira acabarmos por esteriotiparmos nós mesmos, não há nada de errado...
É assim que decidimos, ao chegar a um novo lugar, se iremos nos sentar na frente ou no fundo, se iremos conversar com essa ou aquela pessoa...
Até certo ponto, esteriótipos fazem parte de nossa identidade...
Servem como que aviso a outras pessoas sobre como podemos nos comportar...
Assim como servem para nós mesmos.
rs
O problema surge, quando os esteriótipos deixam de ser parte da identidade, deixam de ser apenas meros indicadores, meras possibilidades...
E tomam o lugar da identidade...
O problema é quando o esteriótipo torna-se a identidade...
Pois ai ele gera preconceito, exclusão, discriminação...
O mesmo vale para a moda...
Não há nada de errado com moda. São como as antigas pinturas tribais, e servem para mostrar/indicar/definir a que grupo pertencemos...
Assim como as antigas pinturas corporais de tribos indígenas, indicam a que tribo pertencemos e qual nosso status.
A diferença, é que agora podemos escolher...
E isso traz consigo muitas liberdades...
A liberdade por exemplo de se encontrar, de descobrir em que "tribo" estamos, em que tribo queremos estar...
(pode notar, você se veste de maneira similiar a muitos amigos que tens)
Mas isso traz também a falsidade...
Pois sabemos como devemos nos vestir e nos comportar para passarmos por membros de tribos as quais não pertencemos realmente. Isso faz com que muitas pessoas deixem de ser fiéis a si mesmas para perseguir modas e esteriótipos na busca por tornar-se parte de determinado grupo social. E isso está errado e geralmente acaba mal... rsrs
Ao se tratar de modas e esteriótipos, devemos nos lembrar que devemos ser nós mesmos.
Ser nós mesmos não significa que necessariamente estamos fora de moda e não nos encaixamos em nenhum esteriótipo...
A visão alheia se encarregará de nos encaixar em um esteriótipo e dirá que seguimos alguma moda...
Pois é para isso que existem, para que através de detalhes ou partes, outras pessoas possam ter uma imagem do todo e uma idéia de como se portar diante de nós.
Desse modo, um "pagodeiro" não vai tentar erroneamente puxar um papo sobre samba com um "rockeiro", assim como o entitulado rockeiro também vai saber de antemão que não adianta convidar o amigo "pagodeiro" dele para um show de heavy metal...
Assim, para quem compreende o real sentido de moda e esteriótipo, estes servem como guia e auxílio para a vida social...
Para quem não compreende, serve como obstáculo e meio de exclusão, tornando a vida social bem mais difícil...
Temos de saber que tais conceitos são guias, e não regras...
E temos de compreender também, que algumas pessoas não sabem...
rsrsrs
Importante essa sua visão crítica acerca do tema, no entanto devo ressaltar alguns pontos:
ResponderExcluirVejo os estereótipos sociais como concepções prévias de personalidades: "Nem sempre o que se vê, é o que se é." Logo, não foge de ser um certo 'julgamento'.
Claro que existem grupos de caráter diferente, gostos distintos, etc., mas eu vejo isso mais como uma questão cultural e não de estereotipação.
O estereótipo o qual falo é aquele que ocasiona o roubo da subjetividade e lesiona as pessoas com a exclusão social. É um ponto mais crítico e mais delicado.
Quando associamos estereótipos sociais à questões sentimentais, há a necessidade da amplitude da visão, pois os caminhos são mais complexos, e podem gerar atitudes ou preconceitos sociais.
Refiro-me à banalização do "ser você mesmo", um preço alto que se paga para entrar na 'moda' e ser notado por algo que, na realidade, não se é.
Na abordagem psicossocial os estereótipos são influenciadores de comportamentos, condutas e das interações ou desintegrações sociais; por isso o assunto possui raízes beeem profundas, o que deve nos fazer refletir (ainda mais) sobre os nossos costumes, se não estão exacerbados ou prejudicando a alguém (principalmente nós mesmos).