SEGUE-ME?

10 de dezembro de 2012

Papéis que se confundem no papel...


Andei pensando, com pensamentos às vezes vagando à esmo, ultrajados pela letargia que paralisa, que estanca os sentidos e transborda indiferença. 
Dei voltas e mais voltas, regressei à razão, à minha confusão mental e quotidiana perante as perquirições que me movem à uma órbita paralela à desconexão moral. 
Parei e calei, refleti. 
Escrever talvez não seja uma missão tão fácil, quando a caneta parece pesar toneladas entre os dedos... A caneta tem o peso emotivo que o âmago deságua no papel em branco, que suporta à tudo. 
Não é fácil ser coagido por uma força invisível e pulsante que grita aos sete ventos que você deve se olhar mais uma vez no espelho interior, respirar fundo e descrever talvez, algo indescritível. 
Não, não é fácil a suscetibilidade que acomete os espíritos arredios, contumazes e os torna nada convencionais. 
Complexa essa ideia de escrever. 
Mas ainda assim prefiro ser mãos, à ser caneta e papel... estes sim, são grandes hospedeiros dos anseios gigantes, memórias infinitas e uma enchente de desatinações que o vento nos traz. 
Escrevo para ter leveza nas mãos, para limpar a lama da alma, e com as mãos isentas de "sujidades", concluo mais um ciclo de dar vida e sentido à alvura do papel com meus labirintos (boçais, para muitos).


(Naná)
09/11/12



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