Sofro de sonhos... de memórias que não vivi e de tempos que não existem.
Sou senão o esquecimento.
Há dias tenho a sensação de que o tempo parou.
Vivo do presente que já é pretérito e do futuro que ainda não chegou.
Qual o tempo do futuro?
Será que o sonho é uma lembrança nova do tempo que não vivemos?
O tempo é uma lenda soprada pelos ventos.
Eu sou o meu tempo.
O meu tempo e o meu espaço inabitado.
Qual o valor do espaço vazio?
Sofro de sonhos...
De respostas que não existem e de perguntas que não virão.
O que o tempo me diz?
Que eu não tenho tempo, porque o vento passa rápido, e o sonho é uma utopia.
Minhas memórias não são minhas e sim do tempo.
Mas se o tempo não existe, e é uma lenda dos ventos, onde sobreviverão os sonhos e as memórias?
Eu sou uma utopia de um tempo que não existe, sem pretérito, presente e futuro.
(Naná)
05/01/13
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: