SEGUE-ME?

10 de março de 2013

Sofro de sonhos...


Sofro de sonhos... de memórias que não vivi e de tempos que não existem. 
Sou senão o esquecimento. 
Há dias tenho a sensação de que o tempo parou. 
Vivo do presente que já é pretérito e do futuro que ainda não chegou. 
Qual o tempo do futuro? 
Será que o sonho é uma lembrança nova do tempo que não vivemos? 
O tempo é uma lenda soprada pelos ventos. 
Eu sou o meu tempo. 
O meu tempo e o meu espaço inabitado. 
Qual o valor do espaço vazio? 
Sofro de sonhos... 
De respostas que não existem e de perguntas que não virão. 
O que o tempo me diz? 
Que eu não tenho tempo, porque o vento passa rápido, e o sonho é uma utopia. 
Minhas memórias não são minhas e sim do tempo. 
Mas se o tempo não existe, e é uma lenda dos ventos, onde sobreviverão os sonhos e as memórias? 
Eu sou uma utopia de um tempo que não existe, sem pretérito, presente e futuro.



(Naná)
05/01/13




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