SEGUE-ME?

1 de setembro de 2013

Ouvi dizer...


Ouvi dizer que para ser feliz é necessário suportar calado, prostrado, como se existisse um invólucro da incolumidade. Me disseram que quem se cala, poupa frustrações, poupa ridicularização alheia, poupa críticas. Sou do tipo que não omite, tampouco se isenta de opiniões acerca das coisas, e desprezo conselhos que não me cabem. Sou contra o moralismo barato que cria e multiplica ventríloquos e fanáticos, acéfalos, que não eximem-se à regra de fugir de si mesmos.
Chamam de egocentrismo a opinião própria, de endeusamento enxergar a própria profundidade, nomeiam descompostura ver as coisas por outro ângulo. Mas sabe o que mais me causa repulsa? Esse misoneísmo mascarado, fomentado pela ausência de escrúpulos, comandado por uma dita consciência e teoria, que ao meu modo de ver, não passam de indagações rasas e enfastiadas. 
Sou um equívoco da sociedade, um "monstro" o qual não permite que a alma seja vendida por conceitos errôneos, por verbos de escarros. Sou certa no meu jeito torto, pois é o que me convém. Se eu fosse como as pessoas querem que eu seja, eu não precisaria existir, não é mesmo? Logo, devo fazer jus à minha existência, da melhor forma que acredito.

(Naná)
22/07/2013



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