O que a gente ama na verdade, é a imortalidade nas pessoas.
"Nas" pessoas, não "das" pessoas.
A imortalidade da reciprocidade dos sentimentos que as pessoas contém, a imortalidade de afeto, a imortalidade da cumplicidade.
Mas somos seres mortais, fisicamente e também "não fisicamente".
Somos seres "mutantes". Transmutamo-nos devido às circunstâncias, devido ao tempo, devido à necessidade de mudança, intrínseca e relevante, para que os ciclos se cumpram.
E ainda assim o que amamos e esperamos é a imortalidade nas pessoas.
A gente sempre espera que as pessoas não mudem, que os sentimentos não morram, porque o homem tem medo da mudança, tem medo de tudo que é ligado à "morte". O homem espera que a sua lógica seja exata, e teme errar, teme perder. Não queremos lidar com as perdas, com as nossas misérias e limitações humanas.
O que a gente ama, na verdade é a alma das pessoas. O corpo é efêmero, a alma não. A marca que a alma nos deixa é mais visível do que as marcas que o corpo carrega.
A alma é o vínculo que une ou separa as pessoas.
A alma é o que tememos perder.
A alma a(L)ma.
(Naná)
06/12/13
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: