SEGUE-ME?

6 de dezembro de 2013

"A imortalidade nas pessoas"


O que a gente ama na verdade, é a imortalidade nas pessoas.
"Nas" pessoas, não "das" pessoas. 
A imortalidade da reciprocidade dos sentimentos que as pessoas contém, a imortalidade de afeto, a imortalidade da cumplicidade. 
Mas somos seres mortais, fisicamente e também "não fisicamente". 
Somos seres "mutantes". Transmutamo-nos devido às circunstâncias, devido ao tempo, devido à necessidade de mudança, intrínseca e relevante, para que os ciclos se cumpram. 
E ainda assim o que amamos e esperamos é a imortalidade nas pessoas. A gente sempre espera que as pessoas não mudem, que os sentimentos não morram, porque o homem tem medo da mudança, tem medo de tudo que é ligado à "morte". O homem espera que a sua lógica seja exata, e teme errar, teme perder. Não queremos lidar com as perdas, com as nossas misérias e limitações humanas. 
O que a gente ama, na verdade é a alma das pessoas. O corpo é efêmero, a alma não. A marca que a alma nos deixa é mais visível do que as marcas que o corpo carrega. 
A alma é o vínculo que une ou separa as pessoas. 
A alma é o que tememos perder. 
A alma a(L)ma. 


(Naná) 
06/12/13



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