SEGUE-ME?

17 de janeiro de 2011

Passos Trôpegos



Engraçado como às vezes tentamos ser grandiosos para as pessoas, e até transparecemos para o nosso próprio ego de uma maneira equivocada, algo que não somos, na realidade. Seria o medo de assumir a si mesmo? Talvez.
Tenho passeado pelos corredores do meu âmago nesses diversos dias onde estive introspectiva, e pelo caminho deparei-me com tantos sentimentos e pensamentos vazios, que até tive medo de encontrar-me com eles.
Eram tristezas, desamores, amarguras, desafetos, mas o principal foi o meu medo de assumir que tudo aquilo um dia nasceu aqui dentro, mas que eu tinha deixado de lado, esquivando-me de enxergá-los.
Foram marcas que me adoeciam a cada dia. Feridas mal-cicatrizadas, relações repletas de desentendimentos... Tantas vezes tentei arrancar tudo de dentro, pranteando, mas foram situações que sempre foram contra os meus princípios, e não pude ser mais do que o meu limite...
Eu quis arrancar o meu coração, pois pensei que só assim seria possível livrar-me de todo mal que me aflige, me aturde.
Talvez hoje eu seja mais infeliz comigo mesma, por perdoar tantos erros que ainda me ferem... Dói muito sentir-se órfã... Olhar para trás, mas sentindo aqui dentro essa dor que parece eterna... Tudo para não sentir remorso de não tentar, ao menos amar.
Pareço ser destemida para alguns, decidida para outros, de bem com a vida para muitos...
Mas na realidade, só eu posso enxergar meus passos trôpegos, tentando acertar um alvo, ou encontrar o alvo certo em mim...
Um algo que liberte-me dessa masmorra psíquica que consome a minha fé...
Um alvo que talvez me faça avistar um outro horizonte...

[Naná]

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