SEGUE-ME?

8 de outubro de 2010

Caos do Vazio


Hoje senti-me impotente por tantas coisas.
Nunca fui do tipo de pessoa que denota auto-superioridade, na verdade o oposto.
Hoje eu precisei retornar ao pretérito, para tentar responder algumas inquirições que me aturdem no agora.
Eu senti medo de sentir. Senti medo de enxergar. Eu precisei chorar. Limpar um pouco da tristeza que entrou em meu âmago por uma ausência tão doída.
Se resolvesse, daria minha vida para ver as coisas voltarem ao normal, para unir as pessoas que eu amo. Mas isso não resolveria.
Vivo relutante contra essas crises que sucumbem-me, mas é complicado avistar a realidade, tão debaixo dos meus olhos.
Eu senti um medo tão terrível, que mesmo estática, de olhos fechados, eu sentia frio, e temi cair novamente no precipício soterrador de almas.
Senti-me sozinha, com vontade de entregar-me, desfalecida de lutar contra a força da ausência. Achei-me incapaz de prosseguir.
Toda a cadeia de sentimentos e pensamentos me levavam a crer que o tempo acabou, e as forças se esvaíram.
Parece que nada cala essa dor, nem cessa as lágrimas do meu coração.
Até quando vou viver com isso? Eu acho que não há regresso... mas é muito difícil dar um passo, e ver tudo desintegrar-se. Ver a jóia mais preciosa da sua vida, tornando-se algo longínquo e ofuscar o brilho que era contido em outrora.
Uma casa sem alicerce desmorona. É assim que me sinto. Desorientada e sem base.
Sem ter pra onde correr. Calada e triste. É como se estivesse no topo da dor... e ela me pedisse para pular de vez do precipício.
Não quero ser um peso para ninguém com esse sentimentalismo, por isso ás vezes me evado. Acho que minha presença incomoda.
Só quero um pouco de paz. Eu só quero poder sorrir dentro, por completo.
Eu não posso mais perder. Eu já perdi muito do que tinha. Eu não sou mais forte.
Queria poder acordar e ver que tudo de ruim passou.
Mas vou fechar meus olhos agora, e amanhã, terei que criar resistências, cada vez mais, a cada dia.
Talvez um dia acalme a tempestade.
Talvez eu ainda aprenda a esquecer que dói tanto aqui dentro.

Eu amo vocês. E sinto muita falta de viver o “Felizes para Sempre”.


(Naná)







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