SEGUE-ME?

1 de setembro de 2013

Eu não pedi...


E eu não pedi pra ninguém adentrar aqui dentro no meu mundo imperfeito de sentir. 
Sempre fui muito receptiva, mas sempre me restou o ego inflamado de promessas não-cumpridas, de ausências e espaços... 
E depois dessas perdas, aliás, nem sei se foram perdas realmente, porque só perdemos o que temos... enfim... Depois de tantas expectativas que transmutaram em uma dose alcoólica de choros repetidos e tristezas colecionadas, eu parei ! Parei de mudar pelas pessoas. Parei de sentir remorso pelos meus erros. Aprendi a gostar dos meus passos, embora trôpegos... Aprendi a sorrir com a minha solidão. 
Sim, eu aprendi sozinha com o frio e com a dor. Mas eu aprendi! E o que importa é que isso não aconteceu tarde demais. 
Antes da minha alma adormecer num sono profundo envolto à culpa e pela desolação se sempre ser metade. 
O que devemos reconhecer, acima de tantos desencontros, é o nosso esforço desmedido em se doar, mesmo que nunca tenham nos dado valor. E na verdade eu não sei se nasci pra ser par... mas eu sei muito bem ser ímpar. Minha alma se ajeita em qualquer canto, e se deslumbra com um livro, se encanta com a música, e desabrocha com as amizades verdadeiras. 
Não preciso que me digam o quanto eu erro. Não preciso acertar sempre. E eu não quero acertar sempre. É muito monótono. Talvez seja essa minha inconstância que me fortaleça e me priva de todas essas perfeições e modismos ou idealizações "de ser", dispensáveis... 

(Naná)  
15/03/2011 - (Antigo)




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