Dói, sempre se sentir às avessas, de ponta-cabeça...
...
Guardei numa caixa de sapatos todas as incompletudes que me afugentam, guardei também sorrisos que se foram e imagens indeléveis para o cerne.
Vez ou outra abro a caixa para atestar que eu vivi e para constar que já soube sentir sem sofrer em demasia como hoje; depois dos anos que se passaram eu desaprendi os moldes e as medidas da suscetibilidade.
O tempo é uma reta ilógica, às vezes acredito nisso.
Uma reta por onde a gente caminha e se perde muitas vezes, se encontra em outras, se apega e solta, cria "nós" e desata-os.
A efemeridade me contrista, mas ao mesmo tempo me abjura da sensação de redundância dos dias.
Viver é uma faca de dois gumes: ou se vive, ou se finge viver.
(Naná)
05/06/2013
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