SEGUE-ME?

1 de setembro de 2013

"Elucubrações Inúteis de uma Notívaga"



É tresloucadamente paradoxal essa minha acepção dos sentidos: onde mais vejo e sinto empatia, é justamente onde tenho mais medo de ir. 
Sempre há um espelho onde as impossibilidades me acenam antes de eu subir um degrau. 
Às vezes penso que é na reciprocidade despretensiosa que "mora o perigo". 
Mar tranquilo onde se pode singrar sem medo. Acho que onde não existe medo, talvez seja realmente perigoso, pois onde não há medo não há limites... 
... Sentimentos sublimes navegando em barcos de papel, tão leves... e tão frágeis ao mesmo tempo... Queria aprender a descomplicar as coisas, ou ainda, desaprender a complicá-las. 
Minha bússola é sem parâmetros profíquos, talvez por defeito, talvez por (in)segurança. Talvez seja esse caos bailante que me move numa órbita paralela à minha inexatidão dos sentidos, labirinto boçal onde riem-se lágrimas e choram-se sorrisos, soluçam-se esperanças, e inspira-se a ausência de perspectivas do encontro com um "eu" mais arguto, afinado, sincronizado com a realidade que insiste em bater à minha porta e eu ainda não descobri a fórmula da sua visibilidade. 
Eu queria ser sem sentir, saber sem sentir, viver sem sentir. 
Não sou boa com os sentidos, "peco" com os conceitos, trejeitos, sujeitos, sou uma atarantada nata. 
Meu nome poderia ser "Interrogação". 

 (Naná) 
04/06/13


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