SEGUE-ME?

4 de agosto de 2010

"Disparidade Vivificada"



Mania estúpida de ficar pensando em dois mundos.
Em pensar em lacunas deixadas...
Ou em propósitos futuros...
O presente-imperfeito está em frente ao meu cabisbaixo olhar...
Sob um mundo padronizado e hipócrita, que otimiza a desgraça alheia, transmutando-a em lucro... Intermediados por modismos e estereótipos fúteis.
Amor é sinônimo de prazer explícito.
Sexo é sinônimo de sobrevivência.
Fraternidade? Desconhecem...
O que sempre prevalece é o egocentrismo exacerbado
Palavras de amor mal-ditas... Pérfidas...
Dizer que ama é moda...
Mas senti-lo na essência... Será?
Sou vitimada por sempre pensar e compreender (ao menos tentar) em demasia.
Para mim há sentidos... Existem atos leais, ainda existe coerência...
Para a maioria esmagante... Há o que deve-se “ter”... e “ser”...
À custa do que seja importante ou não ... Mesmo que isso invada as fronteiras do tolerável, ou sensato, ou até mesmo lícito.
Lamentavelmente... Tragédia virou comédia.
Sentimentos às avessas... Propósitos desprovidos de concretismos...
Princípios descartáveis.
Almas e corpos suscetíveis ao fastio... Resultantes das mazelas propagadas sem pudor.
Cérebros Manipulados, multiplicando o número, grau e gênero de acefalia.
Preciso desvencilhar-me desse mundo caótico.
Que aturde-me constante e consecutivamente nos dias e horas que se passam
Consumindo minha volição em prosseguir...
Não sou uma lunática.
Mas ainda vivo, relutante contra as insídias que a contemporaneidade impõe para sobreviver.
Minha acepção da realidade é muito mais grave do que superficialidades mascaradas pela perfeição do tangível.
Sou uma alma contristada... Enleada em angústia diante de tanta injustiça.
E enquanto o tempo passa...
Vê-se mais explicitamente a miséria humana interior.
Trespassa qualquer resquício de sobriedade...
Não sou dona da verdade.
Mas sei que estou envolta à armadilhas perigosas.
Uma vulnerabilidade, e eu caio na areia-movediça.
Preciso manter o equilíbrio.
Dentre contraditoriedades, contraposições, críticas alheias
Intervenções de fraqueza e desalento...
Prossigo...
Um ciclo...
Um jogo...
Mas ainda...
Tolice pensar em dois mundos??? Pergunto-me....
Não... Seria realismo essa divisão...
Que tende à insanidade, quando têm-se diferencial.
Realidade cruel.
Dissiparidade ambiental.

Meu “eu espectral”.
Estupefato de respirar este ar asfixiante de futilidades acrescidas de superficialidades... tão contumazes.




(Naná)

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