SEGUE-ME?

30 de agosto de 2010

"Esboço"


Em meu diário consecutivo de palavras-versos sentimentais,
Encontram-se tons de noites,
Noites tecidas de solidão.
Abro meus olhos na escuridão da Madrugada,
Onde são tão notáveis a inquietação e a saudade.
Tenho nas mãos um relógio descontrolado,
Sem horas pra cessar-me.
Um tom acinzentado consome minha alma.
Onde o colorido ocultou-se do meu mundo.
É no silencio agonizante e taciturno,
Que revelo a minha face.
Lá fora, o dia nasce...
Tão indiferente do meu viver.
Em meu quarto de cortinas negras,
Escancaro a minha dor.
Grito sonhos.
Acordo tristezas.
Calada.
Só.
Estática.
Contida de um fastio,
Embalado por um tom fúnebre de sentir.
Eu,
Arrisco ainda escrever.
Afogo-me em lençóis de lembranças...
Letargia.
É na noite que eu posso acordar para mim.
Transcrever o que sinto,
Transmutar-me em Dona-de-mim-mesma.
Rabiscar fantasias num papel irregular
Que foge dos parâmetros de viver.
Desvio-me de amar.
O amor é uma doença,
Quando julgo ele a minha cura.


(Naná)

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