SEGUE-ME?

13 de agosto de 2010

“Palavras Mudas... Versos Calados”


Apenas estou tentando reescrever mais "outro" Recomeço.
Mas as folhas sobre a mesa esvoaçam-se, sempre que quero depor as palavras no papel.
Fecho meus olhos e tento buscar uma inspiração que não transpire frivolidade, ou que não seja por completa, enleada em lugubridade.
Eu já arrisquei tantos Recomeços...
Tantos caminhos e atalhos de viver.
Mas volto-me sempre ao mesmo espírito... De mazelas, apenas acrescidas de mais mazelas, e tanta confusão e dispersão dos sentidos.
Volto para o papel, mas sempre trepido...
Versos trêmulos...
Lágrimas que pranteio, por não conseguir escrever algo tão Majestático... Por sempre me sobrarem apenas restos de ilusões ofuscadas...
Dor aguda.
Discurso prolixo... Interminável...
Eu perdi o aroma... Eu perdi o sabor...
A ânsia em prosseguir pelo bem comum e próprio.

Rasguei as folhas em branco,
Entreguei-me ao real mundo obscuro...
Completando apenas um Universo em preto e branco...
Coagida pelo torpor.
A Âncora que me sustentava afundou num mar bravio...
Dias e noites... Intempestivos.
Desalento...

Quero apenas dissipar tudo...
“Simplesmente”...

Deitar em meu leito...
E acordar num outro tempo
Onde “meus amados eram unidos”...
Onde eu era apenas uma criança ingênua e feliz...E que não tinha que ver as coisas tão duras na vida.
Assim como hoje elas me consomem e me destroem
Com uma força implacável.

Custo a acreditar que tudo tem um propósito.
Inclusive não sei por que vivo...
Se nada eu tenho a doar a ninguém...
Se meu esforço é dispensável.

E se consigo ser sempre invisível.
Estou desunida de mim mesma...

Eu não sirvo pra viver.
Pois: “EU NÃO O SEI”.




(Naná)

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