SEGUE-ME?

29 de maio de 2011

Aprender...


Estou um pouco exausta de tentar, tentar e tentar...
Às vezes parece que nada se ajusta, nada se encaixa...
Tudo é desconexo...
E tendo à deparar-me cada vez mais com inquirições.
Chego à pensar que esse processo é inverso, pois me perco no tempo das perguntas.
Mas apenas penso.
Sei que as histórias são construídas à longo prazo, e sempre raramente se têm fim....
Logo, concluo que estou no caminho certo,
São passos meio descompassados,
Caminhos meio atribulados,
Mas a estaticidade ainda não é um mal que passou à minha frente e cegou os meus olhos.
Permaneço fiel, e não deixo-me levar por convicções que não deixem-se aprender...


[Naná]



2 comentários:

  1. Esboço escritos

    Conhecer o seu forte para refina-lo e conhecer o seu fraco para combatê-lo.
    É necessário antes ser mestre de si mesmo, conhecer-se por introspecção, medir lucidamente suas forças e fraquezas... Antes de mais nada, um olhar sobre si, conferir um inventario de suas capacidades para torna-los mais eficazes: a contemplação não esta voltada apenas para o abismo de si. Se dentro de nós encontramos dilaceramento e inclinações contraditórias, será preciso um método para iluminar o bom caminho e distingui-lo do mau caminho ou do possível impasse de sentidos, dos sentidos.

    Ao escrevermos, não raro, temos por objetivo retratar-se, mas também conhecer-se. Olhar dentro de si é encontrar duvidas e desespero. A escrita constitui uma forma de expressão significativa. Em primeiro sentido, é uma "reflexão livre" à medida que o projeto de "retratar-se" vai crescendo, a escrita se torna método obrigatório do conhecimento de si. Mas se, se procura conhecer-se, não é, de forma alguma, para fixar de uma vez por todas, num retrato definitivo, os traços da pessoa - o que seria incompatível com a concepção da existência, cujo sentido (talvez) só se adquire na duração, na passagem de um estado para outro, na sucessão de múltiplos de instantes vivido que compõe nossa vida. Um sentido definitivo das coisas seria contrario a sua concepção de "verdade do ser", em si mesmo inacessível de maneira conclusiva e que só pode ser alcançado na sequencia provisória, na sucessão de esboços sucessivos de nosso "eu inconstante". A escrita, tão livre, inconstante e diverso quanto o eu, é método por excelência da analise de si.

    Não se esta só se soubermos ouvir os avisos oferecidos. Há direções, não apenas errança; sentido há, mas múltiplos, não constituindo um ponto arquimediano, como a tradição fundada na identidade estabelece.

    A uma multiplicidade de identidade, a escrita permite defender o singular de seu anonimato, consentido em unidades semelhantes, autônomas, particulares. Na escrita não há um fio tranquilizadoramente direcional em seu sentido único, imperativo, e sim o de uma verdade não teologicamente dogmática, mas filosoficamente provável, a cujo hermeneutismo deve-se responder como um desafio.

    Com efeito, se escrevo isso, o intuito não é ensinar um método para cada qual deva seguir e conduzir bem sua razão e afetos, mas apenas mostrar de que maneira houve (e ainda há) um esforço para conduzir-se... Encontrar a si mesmo nas entrelinhas é apenas provável.

    Se a verdade a ser descoberta, ou melhor, se a descoberta do si mesmo é evidencia (construção), essas regras dirigem o espirito de modo a não tomar por evidente o que não o é, para que não seja enganado pela falsa clareza dos preconceitos.

    Estar diante de uma construção é uma coisa, torna-la como construção é outra...

    (Ensaios de um dialogo)

    Por Thiago L.

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  2. "Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que o 'amor ao conhecimento' é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes."

    Marilena Chaui

    Por Thiago L.

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