SEGUE-ME?

1 de setembro de 2013

Medo c(EGO)...


Eu olho para a parede branca do meu quarto, e vejo cores,
Olho para o teto, e repenso os dissabores,
Mas olho para dentro, e para as minhas mãos,
E a inquietude brinda algo com meu coração.

Encarei o espelho e as suas falibilidades.
Desconsertei-me do chão, outrora indubitável.
Reaprendi o medo,
Repreendi a dor,
Inevitáveis.

Dor e medo
Medo e dor,
Medi(dor)es de prenúncias,
Caudatários de renúncias.

Tenho medo de sorrisos que se mostram loucos,
Medo de olhares que se falam mudos.
Tenho medo de palavras suxas.
Tenho medo de sentidos rasos.

Medo da dor que falha.
Da sede feito navalha.
De por fim, render-me ao cigalho.

Medo
De tecer essas mal traçadas linhas
Construídas de esboços de palavras
Dizer que há aqui de ti, mais do que imaginas,
E descobrir que nas entrelinhas, há mais do que eu mesma saiba.

Amor ímpar
Joga ao léu cartas limpas,
Vai-se sem notar vítimas,
E para corações partidos,
Não existem vacinas.


(Naná) 
29/06/2013






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