SEGUE-ME?

2 de dezembro de 2013

Banho...


Espero que o sabão lave o meu corpo do amor que escorre agora pelo ralo, enquanto tomo banho, e deixo os pensamentos se dissolverem como a fumaça quente que sai do chuveiro. Preciso me livrar do cheiro do sentir, e depois pintar um quadro novo que me alegre os olhos, tirar um retrato novo, pois agora sou outra. Sou mais eu, menos você, menos fantasias; estilhacei-as com o vidro da janela de sonhar, da janela de ver estrelas. O amor é uma doença, quando julgo ele a minha cura. Tudo o que preciso é da companhia da anodinia. Acreditar virou piegas, para o meu eu espectral. Romance é uma inexequibilidade tola demais pra quem é vulcão, e não simplesmente água que mata a sede parca e imbecil (e alheia).


(Naná)
15/08/2013

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