"Nunca ninguém me completará... eu sou um quebra-cabeça, o qual, perdeu as suas peças com o passar do tempo... e assim como esse tempo, as minhas 'peças' também são irrecuperáveis...
São labirintos inextricáveis, novelos de aço que me enleam, fases de exprobação que divergiram do percurso de outrora, onde o mar era menos bravio, e as ondas nem queriam me afogar nesse excesso de consciência que me agarra pela garganta a cada passo que dou, e a cada tropeço que penso...
Realidade vituperada pela causticidade, hermetismo à flor da pele que derrama à conta-gotas as minhas dores sobre a candura do papel...
E então, eu fico debruçada sobre a janela, contando as estrelas que ninguém jamais conseguiu avistar comigo, embalada pela nostalgia da incompletude, ao som de Mozart, que colore as minhas noites lúgubres, e intérminas..."
(Naná)
19/06/2012
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