SEGUE-ME?

17 de janeiro de 2011

Eu procuro pelas Rosas no caminho...


Quão ingênua fora eu, em acreditar que o mal jamais atingiria meu coração, tampouco a ira e o rancor, assim como a angústia e a dor.
Pensava, na minha inocência quando criança, que sempre colhia-se o que se plantava.
... Sim, de uma certa maneira é verdade, mas acreditei que fazendo tudo certo, eu não seria surpreendida por tantos 'joios', os quais, alguns deixei crescer junto com o trigo que semeei e por entre entre as rosas que plantei com carinho na minha vida (mesmo sem percebê-los)...
Talvez eu estivesse cega pela minha ingenuidade, ou eu tenha realmente deixado a minha criança de lado, e tenha crescido muito rápido.
Espero que eu não me torne tão insensível como muitas pessoas, sucumbidas pela ambição de serem superiores,  vestindo-se de superficialidade, e jogando a sua essência fora, como se fosse algo descartável, e desprovido de quaisquer valores...
Sou humana, imperfeita, mas isso não dá-me o direito de ser indiferente às pessoas...
Que eu seja liberta da anodinia, e que o torpor não faça-me acomodar os sentidos, tampouco deixar-me ir por um caminho o qual eu não possa ser eu mesma....

[Naná]

Um comentário:

  1. EM BUSCA DO AMOR

    O meu Destino disse-me a chorar:
    “Pela estrada da Vida vai andando,
    E, aos que vires passar, interrogando
    Acerca do Amor, que hás-de encontrar.”

    Fui pela estrada a rir e a cantar,
    As contas do meu sonho desfilando ...
    E noite e dia, à chuva e ao luar,
    Fui sempre caminhando e perguntando ...

    Mesmo a um velho eu perguntei: “Velhinho,
    Viste o Amor acaso em teu caminho?”
    E o velho estremeceu ... olhou ... e riu ...

    Agora pela estrada, já cansados,
    Voltam todos pra trás desanimados ...
    E eu paro a murmurar: “Ninguém o viu!? ...”

    (Florbela Espanca - Livro de mágoas)

    ...

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